A maioria dos morcegos possui um sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização, ou seja, orientação por ecos.
Como os morcegos se localizam no escuro |
O sentido da a ecolocalização funciona, basicamente, da seguinte maneira: o morcego emite ondas ultrassônicas (frequência maior que 20000 Hz, inaudíveis para humanos) pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente, onde sofrem reflexão e voltam na forma de ecos. Esses ecos são percebidos pelos morcegos com uma frequência maior que a emitida originalmente, devido à aproximação entre os mesmos e os obstáculos. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde vieram, e na frequência relativa dos ecos (efeito Doppler), os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, assim como suas distâncias, formas e velocidades relativas. Isso é especialmente útil para caçar insetos voadores, por exemplo, mas morcegos com outras dietas também usam bastante esse sentido.
Alguns dos ancestrais dos morcegos - musaranhos e toupeiras (mamíferos da ordem Eulipotyphla) - já possuíam um sistema de ecolocalização rudimentar. Supõe-se que os morcegos desenvolveram seu sistema sofisticado como uma novidade evolutiva, eventualmente perdido nas raposas-voadoras, tendo algumas espécies desenvolvido posteriormente um sistema rudimentar baseado em cliques da língua. Outros sistemas de ecolocalização evoluíram de forma independente em golfinhos, baleias, andorinhões e outros animais.
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Alguns morcegos usam a ecolocalização também para se comunicar com outros indivíduos da mesma espécie; isso é importante principalmente no reconhecimento entre mães e filhotes. Já se tem estudado aplicações da ecolocalização na orientação de pessoas cegas.
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